Impressões sobre a Melissa

Gente, que noite bacana.
Uma pista variada. Nem a chuva conseguiu atrapalhar a festa. Gente de todo tipo, em paz, todos reunidos numa boa e uma decoração que demonstrou o cuidado dos produtores com a festa. Preços justos e um local bacana. Até aí nada de diferente das outras edições da Melissa. O que fez a de ontem diferente foi o excepcional set do Oblongui. Veterano na arte de criar bons sets, com começo meio e fim, e acostumado a pôr o povo pra rebolar, ontem o cara tava inspirado.
Ele tocou um set pra agradar todo mundo sem perder a qualidade e o bom gosto na escolha das músicas. Foi de longe o melhor dj da noite. Passeou por vários estilos sem deixar o set se fragmentar. Quando digo se fragmentar tô falando de quando um dj muda o estilo da música e a gente percebe. Sente o baque. Gostoso mesmo é quando isso acontece e a gente nem se toca. Quando se dá por conta já mudou. E o Gui foi mestre em fazer isso ontem.
Em vários momentos desejei que ele tivesse passado a noite inteira no comando do som.
Brasília tem uma tradição forte em relação à música eletrônica e existe aqui uma vasta lista com ótimos djs e produtores. A Melissa é um ótimo exemplo de uma festa bem candanga. Boa produção, sempre com convidados de fora, e ótimos djs daqui no lineup. Precisamos olhar com mais atenção e valorizar os profissionais daqui que se apresentam na cidade. Claro que eu posso listar vários ótimos djs daqui, mas o objetivo principal do texto se perderia. A verdade é a maioria das pessoas que formam o público da cidade tende a reconhecer os talentos daqui quando vão pra fora e sentem falta do que estão acostumadas por aqui.
Mas, normalmente, aí é tarde demais.
Ficadica.